Demorou dois anos para que Eloá Rodrigues finalmente cruzasse o oceano para estar entre as mulheres trans mais bonitas do mundo. Miss Beleza T Brasil, ela representa o país no Miss Queen Worldwide, uma espécie de Miss Universo Trans, cuja closing será neste sábado, 25, na Tailândia.
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Ela mal consegue patrocínio para embalar as roupas que precisa usar nos diversos eventos do concurso. Muitos designers e marcas se recusaram a associar seus nomes ao concurso. A própria Eloá, que nasceu em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, contou isso em suas redes sociais. “Muitas pessoas e marcas não acreditam muito no projeto ou não querem vincular sua imagem a uma pessoa como eu”, avalia.
Em um pivô lindo, porém, a miss está arrasando nos 30 seems que levou, poderosos e glamurosos. Tanto que nas trocas de apostas dos missólogos, ela já aparece como uma das favoritas ao título.
Principalmente após o típico desfile de fantasias, em que ela vestiu um manto inspirado em Nossa Senhora Aparecida, que irritou alguns fiéis que a agrediram no Instagram, e após a entrevista. Eloá foi contundente ao traçar um panorama do Brasil, onde mais pessoas LGBTQIA+ são assassinadas, narrando os movimentos de inclusão de pessoas como ela, principalmente negras e periféricas.
Estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense, modelo e atriz, Eloá trabalhava no armazém de uma empresa de ônibus. Hoje, representa muito mais do que um sonho para as pessoas que se identificam com ela, a possibilidade de escolha:
“Quero mostrar que não foi fácil chegar aqui, mas que é possível”.