Musa da televisão, do teatro e do cinema nas décadas de 1970 e 1980, Monique Lafond continua envolvida com a arte, mas de outra forma.
Filha de pais franceses, nascida em 9 de fevereiro de 1954, a artista iniciou sua carreira ainda criança, participando de comerciais de TV. Aos 11 anos, apresentou-se no espetáculo Música Divina Música, versão de A Noviça Rebelde.
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Seu extenso currículo no palco inclui a temporada de três anos de Os Pais Abstratos, com Darlene Glória, Glauce Rocha e Jorge Dória, e O Abre Alas, musical sobre a vida e obra da maestrina Chiquinha Gonzaga.
No cinema, entre mais de 40 filmes, destaca-se Eu Matei Lúcio Flávio, que lhe rendeu o Prêmio Air France de Melhor Atriz, e trabalha com o diretor Walter Hugo Khouri e a trupe Os Trapalhões.
papéis de TV notáveis
A chegada de Monique Lafond à TV se deu com a novela da Globo Os Ossos do Barão (1973). Ela também esteve em Fogo Sobre Terra (1974), Bravo! (1975) e A Moreninha (1975), antes de integrar o elenco permanente do quarteto liderado por Renato Aragão, entre 1978 e 1983.
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Após passagens pelo SBT e Manchete, com Jogo do Amor e Antônio Maria, ambos de 1985, voltou à Globo para participar de títulos como Que Rei Sou Eu? (1989), Quatro Por Quatro (1994), Coração de Estudante (2002) e Paraíso Tropical (2007). No canal de Silvio Santos, atuou em Chiquititas (2013).
O papel mais recente de Monique em novelas foi o de Olinda, em Apocalipse (2018). Também esteve presente no primeiro “ciclo bíblico” da emissora, que incluiu A Filha do Demônio e A Sétima Bala, produzidos em 1997. Também, a série independente República do Peru (2015), exibida na TV Brasil, com Joana Fomm e Girl Francisco.
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A beleza atrapalhou a carreira
Hoje com 68 anos, Monique Lafond se dedica a aulas de teatro para crianças e idosos. Ela iniciou essa atividade há cerca de duas décadas. Monique, que também é sócia de uma produtora de vídeo, falou sobre sua experiência como professora em entrevista ao Video Present em fevereiro de 2017:
“É um grande resgate, é a forma como as pessoas estão se exercitando. Hoje estou bem porque dou aula, estou me exercitando constantemente”.
O artigo também teve um desabafo. Linda, a atriz revelou que sempre sentiu que seu trabalho foi subjugado por causa de seus atributos físicos.
“Para mim, a beleza atrapalha. Existe um grau de exigência [grande sobre isso]. Todo o tempo a beleza vem na frente do seu trabalho. Eles disseram ‘Você está tão bonita’. E eu pensei: ‘Ah, esse ranho, mas e o meu trabalho?’”, confessou.
Monique, aliás, posou nua para publicações masculinas; o ensaio de maior repercussão foi o da Playboy, em 1981. Ela, porém, destacou:
“Naquela época usávamos roupas, adereços… Não eram nus explícitos”.